quarta-feira, 17 de março de 2010

As wishlists e os must-have

Não sei todos que frequentam o blog sabem o que significam as expressões do título. Oras, nem todo mundo sabe ou quer saber inglês nessa vida, né? Então eu explico, para você, minha querida amiga: Wishlist é a maneira gringa, ryca, phyna e looshoosa de dizer "lista de desejos", enquanto Must-Have poderia ser traduzido como necessário. Mais uma vez, é uma maneira de eu gastar o inglês que aprendi em anos de estudo, e mostrar como sou culta (not).
Brincadeiras a parte, sempre olho as wishlists das amigas por aí. Não só blogueiras, mas meninas que são leitoras. E invariavelmente os itens são importados, caros, beeeem "sonho de consumo" mesmo. Tudo bem, afinal, desejo é desejo e não é crime desejar algo além das suas posses. Até porque, isso pode se transformar numa motivação para que possamos ter o que desejamos, certo? E quando conseguimos algo, é tão reforçador! Ficamos felizinhas, dá uma sensação de conquista! Logo substituímos o item alcançado por outro, mas ei, se não fizermos isso, que graça teria?
Eu acho que o grande problema é quando deixa de ser um "wish" (desejo) para ser "must-have". Como se aquilo fosse extremamente necessário, como respirar ou comer, e ficamos obsessivas. E não medimos esforços para obter, seja abrindo mão de seis meses de saídas com as amigas, ou simplesmente entupindo mais um cartão de crédito que você só paga o mínimo, e mesmo assim continua gastando. Aí mora o problema.
Não me leve a mal, amiga. Eu gosto de gastar. Gosto sim de comprar maquiagem, nunca acho que os batons que tenho são suficientes, confesso.
Será que eu realmente preciso de uma base que custa quase 200 reais? Eu cheguei a pensar que sim. Inclusive, fui na loja, namorá-la, mas aparentemente não sou boa suficiente para possuí-la,pois a vendedora nem quis me dizer qual seria a cor certa pra mim. (o mistério permanece, seria eu NW ou whatever?) Já ia voltar lá, menos mulambenta (se bem que eu estava vindo da praia, né? Como metade das pessoas que vão ao Barra Shopping.), quando uma amiga (Day, te dedico, from the bottom of my heart, ta?) me mostrou a base da Mary Kay. Me apaixonei, sabe? Minha cara não fica parecendo parede de pedreiro de final de semana, fica bem uniforme, e o melhor, paguei menos de 1/3 do que pagaria lá na marca famosinha "must-have".
Existe um frenesi no mundo bloguístico, uma verdadeira adoração por aquilo que é importado, caro, difícil de obter aqui. Mas muita gente acaba levando isso a sério...Tenho uma amiga que simplesmente não compra nada nacional porque nada "que é nacional presta" (palavras dela, não minhas, pq se a Koloss, Avon, Vult e afins quiserem me patrocinar, obrigada e voltem sempre ok?). E acaba fazendo mil dívidas para consumir tudo importado, mesmo tendo opções tão boas ou melhores que algumas importadas. E não é só ela. Basta olharmos ao redor, cada vez mais mulheres e meninas procuram ajuda por comprar compulsivamente.
O pior é que se gasta tanto nisso, que acaba faltando para outras coisas. E aí você acaba usando sua lindissima base carerrima pra ir no aniversário (leia-se bolinho) da sua tia.
Mas pelo menos sou in, it girl e trendy.
Dura.
Mas phyna, com cara de ryca e loooshoosa.

Beijinhos.